Um lugar para se reencontrar e se reconectar depois de enfrentar a correria do dia a dia, essa é a proposta da Sala da Espiritualidade, um ambiente que traz elementos tradicionais de Minas Gerais, objetos de devoção e peças contemporâneas finamente conectadas entre si. O tapete felpudo e de formas orgânicas, desenho dos arquitetos, remete às curvas tão utilizadas no modernismo por Niemeyer, traz aconchego e faz um convite aos visitantes para entrar e desacelerar o passo. A paleta de cores, nos tons de terracota e verde, foi cuidadosamente escolhida para aquecer a alma e ao mesmo tempo remeter à natureza, nos levando a um estado de calma e relaxamento.

Logo que entramos no ambiente, um trio de cubos de pedra sabão nos surpreende, trazendo para o ambiente a rocha característica de Minas Gerais que, nas mãos de Aleijadinho, se transformou em verdadeira obraprima no período colonial. Essa referência não está aqui por acaso, uma vez que esse foi o período no qual os modernistas brasileiros, dentre eles, Oscar Niemeyer, se inspiraram para criar o nosso estilo modernista. Esses cubos, também desenho dos arquitetos, se tornam pedestais para os objetos de design contemporâneo, como os vasos / esculturas de Domingos Tótora, artista mineiro que tem como principal fonte de inspiração a natureza, e a luminária de mesa da também mineira Adriana Vasconcelos. Coroando esse trio, um espelho redondo que nos convida a olhar para nós mesmos e voltar ao nosso interior e ao autocuidado.

Mais a frente, um par de poltronas aveludadas, mimetizando com o tom de terracota escolhido para a pintura da parede, que nos acolhe no momento da oração e destaca a imagem sacra rodeada por ornamentos antigos e de influência barroca. Essas peças trazem com elas histórias que nos levam a rememorar a história dos nossos antepassados. Entre as poltronas, a natureza se expressa no ambiente de uma forma única através da mesa lateral, da designer Verônica Pena, que utiliza como pés os restos de desbaste da poda da árvore Teca, elevando os galhos naturais à uma peça de design único impossível de ser replicada.
Em contraposição ao tom marrom avermelhado, na parede oposta temos o quadro da artista mineira Letícia Moretzsohn em tons de verde e elaborados com matériasprimas e pigmentos minerais que temos em abundância em nosso Estado de Minas Gerais.
Por fim, a iluminação indireta da Arandela Disk do Studio Fiore completa o clima acolhedor e tranquilo da Sala da Espiritualidade.

Parceiros:

A de Arte
Casa Câmara
Letícia Moretzsohn
Marie Camille
Mharmaros
Natuzzi Editions
Tom Sobre Tom
Varejão das Tintas + Lukscolor
Vidrália