1: Exposição … na Cidade!

Modernos eternos 2022 celebra a história de belo horizonte com exposição inédita!

O “Centro” da cidade é como o coração de Belo Horizonte, lugar que, afetuosamente, é chamado pelos belo-horizontinos de “Cidade”, revelando um jeito bem mineiro de se apropriar de uma localidade em que se oferece de tudo o que se possa imaginar. Enaltecendo como algo maior, o “Centro” se torna a própria “Cidade” de Belo Horizonte! Talvez pela imponência de seus edifícios, pelo agito de tantas pessoas a se esbarrarem em um mesmo ponto. O “Centro” que pulsa e que nos oferece tanta vida! Belo Horizonte se compõe de um misto importante de pessoas que se multiplicam em sua diversidade.

O olhar sobre a cidade: o comércio, a arquitetura, os cinemas e teatros, os bares e restaurantes, lojas, igrejas, agências bancárias, os clubes sociais, as escolas, as praças, as ruas…

A CIDADE, OS PERSONAGENS E AS ARTES

Com curadoria de Fabiano Lopes de Paula, João Caixeta e Ângelo Pignataro, a pesquisa segue por três eixos principais, que assim como no centro, se misturam, combinam e confundem: A Cidade; Os Personagens; e As Artes, a moda, o Design e a Comunicação. “Em um lugar cujos bairros têm certo jeito de interior, é muito especial o costume dos belo-horizontinos de chamarem o centro de ‘cidade’. A referência popular carrega um conceito mais ampliado dessa palavra, que vem com a ideia do comércio, das relações financeiras e públicas, urbanização, progresso, e que se concentravam na região central de BH”, explica João Caixeta. Com projeto da arquiteta e designer Juliana Vasconcellos e expografia de João Caixeta, a mostra será composta por projeções, fotografias, obras de arte, mobiliários, peças de design, artefatos de propaganda, roupas de época e outros formatos diversos que ajudarão a dar vida às memórias da capital mineira. A expografia foi pensada para ressaltar a arquitetura de Niemeyer, e dispor os elementos sem um esquema rígido de visitação, deixando o público livre para passear e descobrir as peças, a seu modo. O desenho do espaço, amplo e aberto pediu um projeto com poucas paredes, para que a imagem da rua que se vê pelas vidraças também compusesse a exposição. Peças de aço da Gerdau desenhadas por Juliana Vasconcellos fazem ressaltar as obras, em uma estética que conecta as histórias que cada uma conta à do próprio edifício, e ainda com os olhos voltados para o futuro da cidade.

“O início da conversa com o visitante é uma grande linha do tempo do comércio de BH, produzida pelo Ponto Cultural CDL. Entendemos esse aspecto como determinante e, ao mesmo tempo, muito influenciado nas dinâmicas sociais da cidade. Então, essa retrospectiva, que começa desde a fundação da capital, é essencial para entendermos as dinâmicas da cidade”, aponta o curador João Caixeta. A exposição também conta com cadeiras históricas que pertenceram a instituições emblemáticas da cidade – como o BEMGE e a Estação Ferroviária – que, com certeza, despertarão memórias em quem frequentava esses lugares.

HISTÓRIA, MODA E MEMÓRIA

Angélica Adverse, que conta a história da tradição do design mineiro, a partir dessa reunião de marcas e estilistas que marcaram os anos 1980 e 1990. Outro grande destaque é a presença da memória dos Diários Associados, que trouxeram uma série de objetos, histórias e momentos ímpares na comunicação mineira, além de projeções de vinhetas e propagandas da saudosa TV Itacolomi.

Máquinas fotográficas fazem uma reverência aos profissionais que registravam pessoas pela cidade, com os famosos lambe-lambes, pertencentes ao acervo do Museu do Cotidiano – mUc. Além disso, também há uma seleção de fotógrafos contemporâneos, com apoio da Galeria Espaço Corda, que mostra uma visão do presente da cidade. Com estéticas diferentes, cada um desses jovens artistas trouxe sua visão e poética da cidade. “Há ainda o canto da Memória Olfativa, com uma vitrine de perfumes de várias épocas. A memória do olfato é uma das mais poderosas que temos e, com certeza, esta parte da exposição irá transportar muita gente por suas lembranças de fatos e pessoas especiais”, diz João Caixeta. E ele salienta também a importante presença de peças do Museu do Cotidiano – mUc, do objeteiro Antônio Carlos Figueiredo, responsável por vários itens de época essenciais para criar a experiência da exposição. O resultado é um espaço polifônico que, mais do que contar a história de Belo Horizonte, apresenta e homenageia a cultura e o modo de vida de uma cidade que sempre foi celeiro de talentos em todas as áreas.

“BH está mais viva do que nunca, e a riqueza de hoje é resultado das várias histórias e pessoas que passaram aqui. A Modernos Eternos faz homenagem a isso tudo, celebrando a memória da cidade, ocupando o espaço, sempre com os olhos no futuro.” João Caixeta – curador