Estão derrubando a casa onde nossa família morava e sentimos esta perda. Chamam de progresso, avanço urbano, mas para mim que tivemos esta percepção, nada mais é que declínio e retrocesso na maneira de viver. Lembro da sala, onde meu avô e a família se reunia, ora para escutar o som do violão que ele tocava e outras vezes, e muitas, para as leituras prediletas. Com a lareira acessa e a mente ligada às linhas de escritores famosos, com o calor do pensamento os sonhos vividos eram realizados. Lógico que existe a saudade daquele ambiente de atmosfera envolvente e sempre lembrada, pois havia compreensão e amor nos atos familiares. Uma taça de vinho, conversas com o olhar nos olhos. Nada de televisão, brigas e desunião, infelizmente cenas comuns do cotidiano. Ele, o professor respeitado, firme em seus propósitos, sério, mas que conseguiu colocar seu nome na história da educação em nossa cidade de Juiz de Fora. Hoje o Professor Júlio Camargo é nome de rua, mas é muito mais que isto no coração dos familiares. Aposentou do Ministério da Educação e da Universidade Federal de Juiz de Fora, mas nunca parou de trabalhar. Suas idas ao sítio e seu cuidado com as plantas e conhecimento da ecologia também ficaram como exemplo, e sempre deixaram, até sua partida, o lar sempre florido e a vida dos descendentes plenos de cores, sonhos realizáveis e amor imensurável.
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